
Os Hospitais Senhor do Bonfim, localizados em Touguinhó, Vila do Conde, foram vendidos ao grupo Trofa Saúde.
No passado dia 30 de novembro foi feita, num ato aberto à comunicação social, a passagem da presidência da administração tendo António Vila Nova, o comprador, dito que quer manter os postos de trabalho existentes e até aumentar o número de colaboradores.
Colocar a equipa a trabalhar de acordo com as regras do grupo Trofa Saúde é o primeiro passo de António Vila Nova, muito mais do que pensar em obter mais acordos com o Estado. Os Hospitais Senhor do Bonfim encaixam-se na estratégia de crescimento do Grupo Trofa Saúde que já vai na décima primeira unidade.
No texto enviado às redações que anunciou o acordo podia ler-se que a unidade privada passava a integrar um grupo de capital 100 por cento português cujo lema “é ‘Construir Relações de Confiança’ com os seus Clientes, Colaboradores, Profissionais de Saúde e Entidades do Setor, e acima de tudo, servir a Pátria’”.Manuel Agonia contou que o que correu mal neste seu projeto em Vila do Conde foi o facto da unidade privada não ter sido aproveitada pelo país para dar assistência devida aos seus cidadãos.
E em relação ao acordo que tinha com a Santa Casa, adiantou que a Misericórdia pretendia concretizar a compra através do pagamento durante 27 anos com cinco anos de carência. Ainda assim, o empresário reconhece que a Santa Casa sinalizou o negócio com 1,5 milhões, mas essa instituição vai agora receber o dobro. Acrescente-se que Manuel Agonia continuar a deter 24 por cento nos hospitais e vai estar representado na administraçãopelo seu neto e também por Maria Helena Pereira que transita assim do anterior conselho.
Na reacção ao sucedido a Santa Casa de Vila do Conde lamentou o comportamento de Manuel Agonia no processo, mas também
que um grupo português de saúde, não obstante ter conhecimento da existência do contrato celebrado com a instituição, tenha aceitado negociar e concluir o negócio.
O provedor Arlindo Maia adianta que o projeto de uma nova unidade a edificar junto ao metropolitano “será de imediato retomado de modo a proporcionar a toda a população de Vila do Conde e da Póvoa de Varzim melhores condições de acesso aos serviços de saúde, adequados às suas necessidades”.
O Jornal de Notícias escreveu que o negócio vai acabar em tribunal já que a Santa Casa não terá gostado da forma como foi tratada por Manuel Agonia que comunicou por telefone à Misericórdia que queria anular o contrato-promessa, firmado a 14 de novembro, através do qual recebera o tal sinal. Todavia, sobre essa possibilidade de recurso à Justiça, a Misericórdia nada adiantou até à hora do fecho desta edição.
